sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Eco


∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ∙ૐ

Tento ver meu rosto vivo
mas apenas a máscara inerte
se materializa como um retrato
Junto as folhas de hortelã e manjericão
 que o vento devolveu,
Sinto um sabor oco da varandinha
acanhada na casa da minha avó
É seu rosto no retrato
Parece  1972
As notas amontoadas do tecnô escoam
da festa na cobertura do edifício vizinho
e empurram  a janela incômoda
A menina escorre para dentro de si sem
perceber que o tempo é seu único capital
Palavras cuspidas com sabor de chá
e letras ...

beijo materializado
da melinda

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Meu eu e eu....
 
Este complexo ente que busco incansavelmente continua sendo enigmático. Apesar de nossa intimidade, sei que minha percepção da realidade não passa de uma interpretação superficial - positiva, negativa ou neutra - à luz de um conjunto de fatores externos e variáveis. Uma representação do meu ego multifacetado. A leitura que fazemos de nós mesmos é apenas uma face montada por julgamentos , ferimentos e conceitos. Todo entulho acumulado polui os sentidos. O que resta é nosso pacote de memórias , aquilo que nos preenche. O Persona e toda sua falácia.
As coisas precisam ser esvaziadas de tudo aquilo que projetamos para elas. Não  há caminhos superficiais e nem remedinhos tarja preta.

Pensando alto....nas entrelinhas

beijo nosso!
da Melinda

 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Epílogo do dia

São 19:57h e a noite já se faz presente, acompanhada pelo vento cantarolante que se espraia pelas ruas e pelas frestas, encerrando o expediente do dia. Muita gente chegou e outro punhado partiu na sonolência do vinte e um de fevereiro. Corações aceleraram , olhos marejaram, dores, alívios, começos e finais. O ciclo é implacável e sigo anestesiada, adentrando  sonhos e descartando pedaços inúteis de meus bocados de vida. Espio meu balaio de letras e fica o combinado. Te espero amanhã!
 
 
Que todos possam ser felizes!
 
Beijo implacável ( adoro implacável)!
melind@
 
 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Só um momento!

Em uma manhã envolta  naquela chuva fina e quase alentadora dos dias de calor, cá estou reunindo os pensamentos desorganizados pelas férias de verão. Parecem naturais esses momentos nos quais não há nenhum juízo de valor acerca dos fatos. Os pensamentos simplesmente se esvaem com a garoa acinzentada e apenas as letras que se juntam na tela  parecem  fazer qualquer sentido.
A preguiça se espalha pelo corpo e a ilusão de que tudo está como deve subordina o tempo e o espaço.
Outro dia assisti no cáfé filosófico(Luc  Ferry e Jorge Forbes) uma conversinha sobre a morte dos paradigmas e este nosso mundinho liquefeito de cada dia. Anestesia Geral!!

Que todos possam ser felizes!!
bj momentâneo
da Melinda

    Fio  Entrei no absoluto e simples vagar do tempo. Invadi os espaços aparentes que reservei para um dia. Olhei minha própria fa...