
Posts são amados por seus autores. São acalentados , retocados e adorados em cada palavrinha.
Não é simplesmente! Eles(os textos) são como brotos , pedaços de perpetuidade em forma de romance com a palavra, são prosa, poesia ou heresia pura. Também podem ser afasia.
(Os autores) Se esbanjam quando escrevem. Se exageram. Expelem suas sobras e excessos sem pudor, se abundam e espalham por linhas e linhas. Ali abandonam seus fragmentos para ser apreciados, desprezados ou reprovados , não importa muito o depois , apenas o efeito gerado ao lançar o olhar para si mesmos.
Se entregam e aceitam nas letras agrupadas em cada mergulho. Se decifram, se desmontam e reconstroem. Os textos os tranformam e os estendem pelas brechas de si mesmos e os arriscam pelas janelas alheias e cúmplices de sua audácia.
Por vezes se abominam em palavras, se sabotam e espreitam o vazio. Maldizem o silêncio e o equívoco.
Intrépidos amantes de si mesmos dando um pouco de vexame pelos códigos digitais. Diria destemidos e humanos que expõe sua alma aos abutres para que a transponham e saboreiem seus temores. Vão soltando lentamente as cascas dos brios e bebericando da franqueza.
Talvez uma borboleta bata as asas por ali, talvez se choque com a letra errada e dissolva o entusiasmo por segundos. Mas sempre novos ventos sopram por dentro e secretam pensamentos errados . Tudo se redesenha e os limites são mudados . As transgressões são permitidas .
A blogosfera é assim , este estado de desembaraço e aprendizado e é sempre cheio de cumplicidade silenciosa, de idéias transmutadas e intervalos significativos. É um espaço de transbordo onde nos emprestamos ao novo e estranho universo criativo.
A Blogoterapia , enfim..
beijo
blogoterápico
da Melinda