Quando me expresso me traduzo um pouco.É uma forma de me reinventar, revisitar minhas idéias e reescrever meus pensamentos. Conversando alto e mostrando os sabores que eu provo posso mantê-los vivos e inesquecìveis. Este é um espaço para abusar das palavras e colecionar interrogações!
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
A saga de Jung: Eu,o pessoal do IGP, o elevador sem gravidade e o garoto paisagem...
NÃO é o que não pode ser...que não é o que não pode ser...que não É!
Desde cedo eu te conheço. Sempre fizeste parte de tudo. Acho até que tens importância no final das contas. Mas machucas . Bordão repetido em cada verso salteado.Penso que nosso primeiro encontro foi por minha conta. Eu te proclamei contra mim. Ali inesperadamente. Mas a verdade é que não sou sincera. Não te engulo! Não sossego! Queria te arrancar da minha linguagem corrompida.
Uma afazia, é o que és para mim. Suspensão. Ausência.
Minha aparente resignação não é senão a sinalização da minha ira.
Te repetes, sem criatividade, nem razão. Não te sustentas Não!
Enfim, o Arnaldo Antunes te cantou muito bem:
"Não é o que não pode.
Ser que não é!
Não é o que não pode ser
que não é o que não pode ser
que não é o que não pode ser
que não é!"
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Jose Mayer,Balões hot-dog e a CIA
domingo, 27 de dezembro de 2009
" O amor é lindo"


Hoje à tarde haviam dois jovens estranhos agarrados no galho de uma "Pata-de-vaca" alienígena que apareceu na área de ventilação do meu quarto.Sim eles estavam ali, as taturanas, confundindo-se com as folhas. Ficaram por horas juntinhos.
Tão peçonhentas e venenosas, estavam ali, indefesas, esquecidas.
Após longas horas de contemplação entre os espinhos dos galhos, se alimentaram, descansaram e deixaram-se sob o Sol.
Eu não pude deixar de registrar aquele momento tão romântico que não sei nem como, chamou minha atenção.
Elas estavam tão bem camufladas pelo verde que dificilmente poderiam ser percebidas. Deve ter sido sua energia vital, a hecatombe do momento que fez com que eu erguesse os olhos e me deparasse com algo incomum.Confesso que a muito custo meu cérebro começou a delinear a vida suspensa naquele galho.
Coincidentemente elas tinham cerdas que se asselhavam a um galho de pinheiro de natal. Muito interessante mesmo.Imensas e despretensiosamente lindas.
beijo selvagem
da melind@
OKuribito

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Não tome um dreher.

Desde o penteado até o batom, eram trejeitos de uma pequena mulher, no corpo de uma criança, com roupinhas "sedutoras".Crianças adoram imitar as mães. Isto não é nenhuma novidade, mas antes era dentro de casa, brincando com as roupas e batons da mamãe e - Que bonitinha! - diriam todos. Em nosso " Dias de dragão" esta condição foi instituída. Meninas de sete anos fazem escova no final de semana e vão à manicure. As mais desfavorecidas fazem o que podem.
sábado, 19 de dezembro de 2009
É preciso ouvir os Bem-te-vis..

da melinda
"La belle verte"
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Nos protocolos do bom hipócrita..
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Retalhos ensadecidos...
sábado, 28 de novembro de 2009
Pensamento para sempre
Em alguns momentos a mente ficava poluída com usurpadores hostis e sem nexo, que ficavam se digladiando, como em uma arena. Muito ruído e nenhum resultado. Sentia-se sugado.Nem a sabedoria conseguia controlá-los. Deixavam tudo um caos e quando silenciavam estavam todos exauridos e esgotados. Nem reconheciam mais o que haviam pensado inicialmente.
As palavras rompiam o isolamento daquelas ilhas mentais. O oceano de informações que acorriam a ele não podia ser armazenado. Era preciso libertar seu fluxo.
domingo, 22 de novembro de 2009
Matrix live..
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Merchan da Melinda: seja bem vinda!!

Imagem da internet
sábado, 14 de novembro de 2009
Adaptação...
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
O som do silêncio..
sábado, 7 de novembro de 2009
Mapeamento e integração...
domingo, 1 de novembro de 2009
Dia dos mortos
sábado, 31 de outubro de 2009
O sentido é a dimensão do Ser.
Antes mesmo de encontrar qualquer sentido para SER, começamos a projetar sonhos. Estes nos tornam o que somos. Nossos pensamentos lançados ao espaço infinitamente preenchido por esta energia.
Acreditamos. Nos lançamos na grande aventura que é descobrir a essência de todas as coisas da existência. Descobrimos o outro. Nos nutrimos no amor e no afeto.
Somos sempre como recém chegados a esta aventura do viver e realizamos este eterno ensaio que é a vida, sem data para encenar o último ato.
Acreditamos que estamos aqui para chegar ao despertar da consciência.
Mas temos muito tempo, temos a eternidade!
sábado, 24 de outubro de 2009
Lá no arquétipo dos habitantes de Macondo age como efeito dominó...


Charles Plumb era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã. Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil. Plumb saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita. Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão. Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:
Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia. Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à sua platéia:
"Os pára-quedas modernos tem um perfil semelhante as asas de um avião. Quando aberto, seus gomos se enchem de ar e possibilitam que este perfil desenvolva um movimento horizontal que faz com que o pára-quedista possa escolher - com certa tolerância - o local do pouso, através dos batoques."
Cada pára-quedas em sua vida tem um perfil semelhante as asas de um avião. Quando aberto, seus braços se enchem de solidariedade e possibilitam que você reine absoluto e direcione seus movimentos segundo sua própria escolha, com margem para erro e finalmente decida o local de pouso com sabedoria.
Para não cair de pára-quedas neste post eu explico....
Sei que este texto não é novo e tampouco conheço sua procedência , mas isto não tem a menor importância. Eu quis colocá-lo aqui porque quando li ( e já havia lido antes) ao receber de uma amiga, tive um sentimento muito elevado em relação às muitas vidas que vivo e ainda vou viver. Tem muita gente nos bastidores enquanto faço meu número e esta pequena história só vem ratificar tudo que tenho colhido nos últimos episódios sempre emocionantes . A idéia subjacente deste gesto é justamente dar vida a ele. Senti necessidade de externá-lo e contei esta história em várias oportunidades esta semana (de várias maneiras) e o resultado certamente não surpreenderia seu autor(original). As pessoas ficam espantadas quando tem a oportunidade de extravasar sua humanidade, vendo-se traduzidas em uma alegoria popular. O Charles Plumb que está lá dentro de prontidão esboça um sorriso, arqueia a sobrancelha e se sente agradecido por ter este momento de consciência. Lá no arquétipo dos habitantes de Macondo age como efeito dominó...
Beijo pára-quedas da Melinda
Sábado nublado..
Esquisitices: alguém ainda duvida da teoria do caos?
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Savhasana, encapsulada em uma linhaça dourada voadora e Marte
“...a cada dia que passa um pouquinho de morte.” Pattabhi Jois
Entre a atividade e a total inatividade....Entrar no vazio inerente ao momento... com os senhores " A Savàsana"
Ontem após uma aula de alinhamento que foi redentora para minhas vértebras, buscamos harmonizar nossos chakras com mentalizações de cores e mantras. Começamos com o Lan, na base, passamos ao Van , depois ao Anahata com Ran , seguido pelo Yan , o Run e o sensacional e absoluto Om. Trabalhamos o vermelho, laranja , rosa, roxo e azul. Tudo muito bem até aí.
domingo, 18 de outubro de 2009
Melinda é a minha construção
sábado, 17 de outubro de 2009
O Sentido do Ser..
terça-feira, 13 de outubro de 2009
domingo, 11 de outubro de 2009
Crepúsculo:entre o nascer e o por do sol eu cheguei e os astros estavam lá olhado...
Saúde Mental
Por Rubem Alves
Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. Eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico.
Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh se matou. Wittgenstein se alegrou ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maikovski suicidou-se. Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido complemente esquecidos.
Mas será que tinha saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias se comportam bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado, nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, basta fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme!) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou. Pensar é coisa muito perigosa...
Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse estresse ou depressão. Andam sempre fortes em passarelas pela ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.
Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas se chama hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra se denomina software, "equipamento macio". O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparecolho é feito. O software é constituído por entidades "espirituais" - símbolos, que formam os programas e são gravados nos disquetes.
Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem.
Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeito no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave-de-fenda. Porque o software é feito de símbolos, somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso de símbolos. Por isso, quem trata das pertubações do software humano nunca se vale de recursos físicos para tal. Suas ferramentas são palavras, e eles podem ser poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas.
Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano, tem uma pecularidade que o diferencia dos outros: o seu "hardware", o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco? Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos do Drummond e o corpo fica excitado.
Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e acessórios, o hardware, tenha a capacidade de ouvir a música que ele toca, e de se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta, e se arrebenta de emoção! Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei, no princípio: a música que saía do seu software era tão bonita que o seu hardware não suportou.
Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, saúde mental até o fim dos seus dias. Opte por um soft modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música. Brahams e Mahler são especialmente contra-indicados. Já o roque pode ser tomado à vontade. Quando às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.
Seguindo esta receita você terá uma vida tranqüila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, ao invés de ter o fim que tiveram os senhores que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram.
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Rubem Alves é escritor, educador e contador de histórias. Escreveu, entre outros, "Livro sem Fim" (Edições ASA), publicado em Portugal, e "Se Eu Pudesse Viver Minha Vida Novamente..."
Cepas humanas mutantes

O Velho Mundo não está longe da barbárie. De nada adiantam três mil anos de história pra impedir que práticas hediondas e primitivas continuem sendo perpetradas contra crianças em todos os cantos da ervilhinha.
Fio Entrei no absoluto e simples vagar do tempo. Invadi os espaços aparentes que reservei para um dia. Olhei minha própria fa...
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God Bless the Child - Billie Holiday Enviado por boberwig . - Clipes, entrevista dos artistas, shows e muito mais. Caio Fernando Abreu ...
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A fonte -parte I Sempre achei de uma breguice sem precedentes esta história de ter uma fonte em casa. Cafona.Contudo, seguindo a linha de...