quarta-feira, 25 de março de 2009

Eu sou uma deslumbrada fungindo para as Maldivas




Eu acho que não podemos perder a capacidade de nos deslumbrar com as sutilezas, ou nem tanto, da vida. Eu não consigo.
Imagine um desses domingos cinzentos(dez entre nove perturbados abominam os Domingos) , naquele momento em que os índices de suicídio aumentam mil por cento( entre 16 e 19h). Daí você pensa na caça dos bebês focas no Canadá e lembra das pessoas que comem o lixo no contâiner perto da sua casa... Bom, não tem mais jeito, você precisa ficar deprimido. É bem aí que a imagem congelou. Você vira uma página aleatoriamente, da falecida( eu acho) revista Horizonte Geográfico e Shazan( lembrou dele)...Lá estou eu, entrando em cena. É a mesma coisa que experimento em todos os surtos de estarrecimento que me tomam ao constatar que a vida é surpreendente.
A imagem revela toda matéria-prima do universo na versão cartão-postal, a primorosa obra , cheia de estética , Ilhas Maldivas. Aquela mistura de luz e cor me conduz ao êxtase, onde a doença encontra sua cura . Obra prima esculpida pela singela atividade da matéria. Energia transformada em arte. Sou uma deslumbrada. Superlativa.
Este episódio tornou-se uma das minhas metáforas favoritas ..." fugir para as Maldivas". O ponto virtualmente perfeito, onde os tempos se encontram na perfeição.
Fugir para as Maldivas significa sobretudo encontrar Wally no meio da multidão, achar o ponto, encontrar uma resposta, sentir a alma na ponta dos dedos....Nenhum momento pode ser melhor do que o que estamos experimentando.

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