sábado, 28 de março de 2009

Eu adoro a teoria do caos......


Eu me identifico com a idéia de que o caos tem sua própria ordem, sou a prova cabal .Se não fossem essas minorias eu já teria sido enviada para o degredo na Sibéria. Não sei se ainda mandam alguém banido para Sibéria. Bem, o importante é que a ordem é a desordem. Viva os hiperativos, os ansiosos de todo gênero, os hiperbólicos e os atrapalhados. Vamos quebrar tudo. Eu não gosto de nada muito arrumado ou estético, as coisas só precisam ser harmônicas e harmonia tem mais a ver com a sensibilidade. É uma sutileza. É uma questão visceral. Eita palavrinha adorável. Nada mais blasé do que uma prateleira simetricamente alinhada( é o mesmo que um homem que abotoa o penúltimo botão da camisa, antes da gola). Quem inventou a ordem , o senso comum ou o maldito paradigma? Talvez o mesmo tipo que inventou a otimização e a operacionalização. Somos todos peças de uma engrenagem sendo azeitados pelos personalbabacas do século XXI. São todas formas subliminares para dizer que é preciso seguir um modelo, um ritmo e , lógico, chegar a um resultado. Estereótipos univos !É preciso ser parecido com algo que já foi referenciado por aí . Ser massa. Prefiro as novelas da Janete Claire .Eles mesmos, os clichês, lugares comuns.Pelo menos são pseudo-heróis, são falsificações baratas .Obras de puro maniqueísmo. Eu não gosto de bom gosto, acho que está na letra de alguma música, assino embaixo. Agora, até falta de gosto tem tribo(categoria taxonômica inferior a subfamília), com ares de novo estilo, tudo virou clichê. Até o desarranjado precisa ser incluído. É tempo de inclusão, no sentido mais literal da palavra. Quem não quiser ser incluído que vá procurar seus direitos. Quero voltar a ser indivíduo. Quero ser minhas digitais.
Eu preciso ser aquela borboleta que vai conseguir provocar um tufão na Tailândia, apenas com o farfalhar das asas. Eu quero ser a mosca que caiu na sua sopa.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Eu sou uma deslumbrada fungindo para as Maldivas




Eu acho que não podemos perder a capacidade de nos deslumbrar com as sutilezas, ou nem tanto, da vida. Eu não consigo.
Imagine um desses domingos cinzentos(dez entre nove perturbados abominam os Domingos) , naquele momento em que os índices de suicídio aumentam mil por cento( entre 16 e 19h). Daí você pensa na caça dos bebês focas no Canadá e lembra das pessoas que comem o lixo no contâiner perto da sua casa... Bom, não tem mais jeito, você precisa ficar deprimido. É bem aí que a imagem congelou. Você vira uma página aleatoriamente, da falecida( eu acho) revista Horizonte Geográfico e Shazan( lembrou dele)...Lá estou eu, entrando em cena. É a mesma coisa que experimento em todos os surtos de estarrecimento que me tomam ao constatar que a vida é surpreendente.
A imagem revela toda matéria-prima do universo na versão cartão-postal, a primorosa obra , cheia de estética , Ilhas Maldivas. Aquela mistura de luz e cor me conduz ao êxtase, onde a doença encontra sua cura . Obra prima esculpida pela singela atividade da matéria. Energia transformada em arte. Sou uma deslumbrada. Superlativa.
Este episódio tornou-se uma das minhas metáforas favoritas ..." fugir para as Maldivas". O ponto virtualmente perfeito, onde os tempos se encontram na perfeição.
Fugir para as Maldivas significa sobretudo encontrar Wally no meio da multidão, achar o ponto, encontrar uma resposta, sentir a alma na ponta dos dedos....Nenhum momento pode ser melhor do que o que estamos experimentando.

    Fio  Entrei no absoluto e simples vagar do tempo. Invadi os espaços aparentes que reservei para um dia. Olhei minha própria fa...