sábado, 19 de setembro de 2009

Watchmen ...


Por que eu salvaria o mundo? Já não tenho nenhum interesse por ele! blefou o Doutor Manhattan! Super-herói de coração partido!
Podemos salvar o mundo de nós mesmos?

Estão aí duas questões para serem pensadas.

No universo da ficção e nem tão ficção, porque o filme quis nos aproximar de uma realidade para lela a nossos mundinhos pra lá de manjados, mas que está logo ali na soleira da porta, se desenvolve o filme watchmen.
O pano de fundo é a velha Guerra Fria e a ameaça de uma Terceira e definitiva guerra, desta vez nuclear.Mas o mundo parece uma questão menor e perdida, diante dos dilemas propostos, vividos por nossos heróis saídos dos quadrinhos. Assisti "Watchmen" esperando uma bobagem e não posso deixar de dizer que adorei os temas retratados como a relatividade, sistemas caóticos, teoria de fractais, metafísica, componentes subatômicos e principalmente os super-heróis de quadrinhos. Foi como ler quadrinhos, com os efeitos especiais que editam os heróis do cinema. Sem maniqueísmo algum, pelo contrário, heróis com todos os traços conferidos à humanidade e suas paixões. Heróis reais com fraquezas de caráter e prazo de valiade. Como eu já disse repetidas vezes tenho um herói e um vilão habitando minha morada. Posso alimentar o que desejo e em Watchmen, o filme, fica fácil visualizar esta dualidade.

Toda metalinguagem é vertida para a telona e por isso dá a impressão de estar assistindo um sonho.
Cada personagem apresenta suas fraquezas a partir de uma ótica diferente no filme e fica uma experiência muito rica. Por traz de tudo está uma grande trama reflexiva que aborda inúmeras questões.

Ah..esta semana também li uma matéria sobre fractais na qual o Hubble fotografa uma nebulosa que se parece com a imagem de uma borboleta. A matéria justifica a tese da geometria fractal, de Benoit Mandelbrot, que afirma que a natureza repete sempre as mesmas formas no reino animal , vegetal e mineral.Isto não é bárbaro?


domingo, 13 de setembro de 2009

I'm All Right

Apenas um esquete teatral


Estava lá sentada no trono com a boca cheia de dentes e lendo a Veja, bem no Domingo( dia que @mo) e como dizia o nosso Raul ( Seixas) não estava esperando a morte chegar, mas me digladiando com as duas facções criminosas do meu cérebro. Sou um ser livrepensante. Não posso estar condenada a ser apenas uma escrava de neurotransmissores correndo atrás do próprio rabo.

Eu poderia ter nascido no Japão, ser um lutador de Sumô e ter como prè ocupação única manter um peso "Pluma". Seria obrigada a ingerir muito chocolate e toneladas de carboidratos absurdamente adoráveis, mas não, fui cair aqui num país com nome de planta e dito "do futuro"( que chegou meio diferente do que se esperava), bem na porta de saída do Terceiro Mundo, sexo feminino e ainda ser obrigada a pensar, pensar e pensar. Como se não bastasse este curriculo não nasci para ser tudo e nem nada. Sabe como é? Não sou a última bolacha do pacote e nem sou a primeira, com sabor de quero mais.

Sou apenas eu, uma metamorfose ambulante e isto tem dado trabalho. Nem oito e nem oitenta, por mais que eu venere os extremos.

Quando penso que consegui digerir inteira uma parte já está todo mundo se abraçando na próxima.

Nem linda , nem feia, nem muito magra nem gorda( aki @#$% que eu ia colocar muito) . Nem genial , nem boçal. Nem alta, nem baixa.

Tive que garimpar o que queria e garimpar o que seria. Precisei dourar minha própria pílula, tive que descobrir minhas belezas e adornar meu kit básico, que veio apenas com uma paleta de cores. Fiz toda a manutenção. Assim ainda faltava achar um jeito de me revelar eu ! Ah! E ainda por cima não nasci em berço esplêndido. Eu adoro a palavra ESPLÊNDIDA.

Fiquei adulta no momento em que se entroncavam passado e futuro , hiperbolicamente falando . O encontro dos extremos. Do moderno e do utltra passado.

Um belo dia fui dormir com meus conceitos de "pecado", "erro", "acerto" e acordei com todos fora de moda.

Foi assim "vupt" que eu me descobri gente neste mundo. No tranco, tendo que encontrar os termos corretos , ou nem tanto, para balizar minhas escolhas.

Aí volto aos neurotransmissores modernos, aqueles desbravados pela ciência , a última fronteira, que tentam nos designar como simples potes de química. Olha que medo!

Aqui estou eu , me sentindo um pouco perdida quando espantada, ao não encontrar algumas substâncias e sensações que achava que seriam perpétuas a correr em todas as minhas dimensões, até a terceira. Será que isto é chegar ao equilibrium?

O fato é que cada dia deveria ser um último capítulo de novela, quando tudo engrena em seus eixos, atos revistos, medos aplacados e tudo acaba bem, tudo fica bem!

Estou ainda na cena do próximo capítulo ou um esquete talvez.

    Fio  Entrei no absoluto e simples vagar do tempo. Invadi os espaços aparentes que reservei para um dia. Olhei minha própria fa...