domingo, 13 de setembro de 2009

Apenas um esquete teatral


Estava lá sentada no trono com a boca cheia de dentes e lendo a Veja, bem no Domingo( dia que @mo) e como dizia o nosso Raul ( Seixas) não estava esperando a morte chegar, mas me digladiando com as duas facções criminosas do meu cérebro. Sou um ser livrepensante. Não posso estar condenada a ser apenas uma escrava de neurotransmissores correndo atrás do próprio rabo.

Eu poderia ter nascido no Japão, ser um lutador de Sumô e ter como prè ocupação única manter um peso "Pluma". Seria obrigada a ingerir muito chocolate e toneladas de carboidratos absurdamente adoráveis, mas não, fui cair aqui num país com nome de planta e dito "do futuro"( que chegou meio diferente do que se esperava), bem na porta de saída do Terceiro Mundo, sexo feminino e ainda ser obrigada a pensar, pensar e pensar. Como se não bastasse este curriculo não nasci para ser tudo e nem nada. Sabe como é? Não sou a última bolacha do pacote e nem sou a primeira, com sabor de quero mais.

Sou apenas eu, uma metamorfose ambulante e isto tem dado trabalho. Nem oito e nem oitenta, por mais que eu venere os extremos.

Quando penso que consegui digerir inteira uma parte já está todo mundo se abraçando na próxima.

Nem linda , nem feia, nem muito magra nem gorda( aki @#$% que eu ia colocar muito) . Nem genial , nem boçal. Nem alta, nem baixa.

Tive que garimpar o que queria e garimpar o que seria. Precisei dourar minha própria pílula, tive que descobrir minhas belezas e adornar meu kit básico, que veio apenas com uma paleta de cores. Fiz toda a manutenção. Assim ainda faltava achar um jeito de me revelar eu ! Ah! E ainda por cima não nasci em berço esplêndido. Eu adoro a palavra ESPLÊNDIDA.

Fiquei adulta no momento em que se entroncavam passado e futuro , hiperbolicamente falando . O encontro dos extremos. Do moderno e do utltra passado.

Um belo dia fui dormir com meus conceitos de "pecado", "erro", "acerto" e acordei com todos fora de moda.

Foi assim "vupt" que eu me descobri gente neste mundo. No tranco, tendo que encontrar os termos corretos , ou nem tanto, para balizar minhas escolhas.

Aí volto aos neurotransmissores modernos, aqueles desbravados pela ciência , a última fronteira, que tentam nos designar como simples potes de química. Olha que medo!

Aqui estou eu , me sentindo um pouco perdida quando espantada, ao não encontrar algumas substâncias e sensações que achava que seriam perpétuas a correr em todas as minhas dimensões, até a terceira. Será que isto é chegar ao equilibrium?

O fato é que cada dia deveria ser um último capítulo de novela, quando tudo engrena em seus eixos, atos revistos, medos aplacados e tudo acaba bem, tudo fica bem!

Estou ainda na cena do próximo capítulo ou um esquete talvez.

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