sábado, 18 de julho de 2009

No barulho das palavras

Começei a preencher a solidão
com espaços desconhecidos de mim mesma,
Intervalos descompassados de incompreensão
foram se tornando substantivos abstratos, infinitivos,
imperativos de minha existência .
Vasculhando o máximo da experiência,
brota uma mistura da minha matériá-prima
que coloquei a se entremear,
uma mestiça de mim com a vida,
que cresce fertilizada pelo insólito,
exalado a cada vez que o dia se promete inédito.
A amplitude que se estende quando exploro minhas cavernas
me dá certezas do absoluto.
Estou enfim segura em meio aos vendavais,
estou em paz no centro da tormenta.
A letra sozinha e muda
revela o cheio das horas ao
se enfeixar a uma e outra,
As gavetas atopetadas parecem entulhos,
e com sentido só resta o barulho das palavras,
cada vez mais novas e vaidosas
de suas primeiras verdades.

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