terça-feira, 29 de junho de 2010

Sem ritmo, sem sentido

Ainda não achei um ritmo, um gingado pra dançar comigo,

fico experimentando um pouco de cada,

nenhum tem meu jeito, nada tem minha cara,

tampouco achei um tom para aquela conversa,

um formato para aquela prosa ou uma verdade para contar,

A verdade que conheço é só um vento que sopra

por dentro,que passa e respira fundo

mas que sempre vai mudar, mudar um ponto

e depois tudo de quem se investigar.

Porque esta história de tempo é uma coisa de amargar.

Tudo que estava guardado uma hora deixa de estar

e vira vazio, poeira, difícil de acreditar.

O fato é coisa de momento

nada além de um acontecimento,

do destino um argumento, um ardil

ou um invento que só quer se legitimar.

E assim nessa incoerência parece que

a tal consciência consegue se esparramar

pois do que adianta cadência, certeza ou qualquer ciência

se o que fica é impermanência e o jeito de não ficar..

tudo passado a limpo e nenhuma palavra grita

Uma letra,uma caneta, uma forma de rabiscar,

um rascunho da minha ausência ou vontade de sonhar ...

Esta fastidiosa seqüência sem som e

sem sílaba só apreende o tempo que consegue

capturar e esse tempo é nada, queima como incenso ,

não aquele tempo imenso caído dos ponteiros

mas o único que só vale inteiro, uno e verdadeiro,

perfeito fotografado que aqui fica empalhado.


    Fio  Entrei no absoluto e simples vagar do tempo. Invadi os espaços aparentes que reservei para um dia. Olhei minha própria fa...