quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Savhasana, encapsulada em uma linhaça dourada voadora e Marte

Claridade

“...a cada dia que passa um pouquinho de morte.” Pattabhi Jois

Entre a atividade e a total inatividade....Entrar no vazio inerente ao momento... com os senhores " A Savàsana"

Ontem após uma aula de alinhamento que foi redentora para minhas vértebras, buscamos harmonizar nossos chakras com mentalizações de cores e mantras. Começamos com o Lan, na base, passamos ao Van , depois ao Anahata com Ran , seguido pelo Yan , o Run e o sensacional e absoluto Om. Trabalhamos o vermelho, laranja , rosa, roxo e azul. Tudo muito bem até aí.

Lá estava eu em posição de lótus levitando em torno do meu próprio eixo ,de mim mesma e me preparando para a derradeira savhasana, ou seja, para experimentar um pouco da postura do cadáver, como diz Pattabhi jois, um pouquinho de morte (para que não nos afoguemos nela).
Quando passei a relaxar, com os braços estendidos e as palmas das mãos voltadas para cima, os pés caídos para o lado, já ´percebi o abandono do corpo e a consciência centrada num ponto da mente. Fomos então convidados a adotar a posição fetal e eu fiquei no paraíso, pensei que dormiria no ato. Fomos convidados a mentalizar que estavamos dentro de um grão de alpiste. É , alpiste. Imediatamente começei a liberar minha personalidade psicopata e resolvi meditar dentro de um grão de linhaça dourada, bem brilhante. Como se não bastasse a linhaça começou a navegar no deserto. Só que não poderia ser um deserto comum. Eu estava lá flutuando sobre as crateras desérticas do planeta vermelho. Uma mistura de " Exterminador do Futuro" com culinária natural e cápsulas-dormitório japonesas.
A minha linhaça sobrevoava a vastidão desértica das crateras no território de Marte, o planeta vermelho, cor do Chakra de raiz.
Era um deserto muito claro, apesar do solo avermelhado e cheio de montanhas, algumas chapadas confesso, mas minha linhaça era praticamente uma espaçonave, moderna e apocalíptica, que deslizava sobre o assoalho de ar que pairava sobre o cenário devastador.(que ar?)
Eu tinha que escolher um planeta inteiro só para mim e uma linhaça gigantesca onde eu jazia em posição fetal e em transe profundo. Um sonho enquanto estava entregando minha consciência ao total devaneio do relaxamento completo.
Existe um paraíso simultâneo em algum ponto dentro da mente-energia, nada que possa ser tocado ou encontrado por mais ninguém além de nós. Que máximo o mundo dos sonhos. Eu não quero me desconectar mais dele. Vamos nos manter em linha direta. Qualquer chateação e eu volto para Marte.
- ET, ET, minha casa.....( dedo erguido)
Beijo desértico da Melinda

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