sábado, 11 de dezembro de 2010

O intervalo..

A fala rápida e a respiração ofegante, o olhar assustado e um tanto grave denotam o pensamento disparando. Aliás uma chusma deles bombardeando a mente de forma inclemente. A fome domina o conjunto de sensações e permanece latente e incômoda. Desligou o telefone. Calou-se ainda andando pela casa. Parou .A estranha aparece em frente ao espelho com aquela expressão familiar, arqueando a sobrancelha direita.
Sim ainda era ela que estava no controle, aquela estranha com quem convivia ha tantos anos ou uma face, uma parte dela que se refletia abatida na imagem.
Era surpreendente como tudo mudava tanto e tão rápido a ponto de colocar suspeita sobre seu senso de realidade.
Tentava transitar pela química do corpo e manejar corretamente os sinais. Olhou novamente para o espelho "sorria". Não adiantou, o sorriso saiu enviesado e colocou músculos adormecidos e empalhados no semblante pálido. A fisionomia é o velho pergaminho que se esfacela ao primeiro toque.
Pare agora !" Dispare contra o sol sua metralhadora cheia de mágoas.Ainda estão rolando os dados, o tempo não pára."
"Aprenda a ver no escuro do mundo aonde está o que você quer pra te transformar no que te agrada, no que te faça ver. Quais são as cores e as coisas pra te prender?"

Beijo no Cazuza
da melind@

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