domingo, 9 de agosto de 2009

Influenza, Yeda e a curandeira de gays (misturinha)

Ontem à tarde fui a um chá na casa de uma amiga que estava de aniversário( vão achar que eu só vivo de festa) e apesar das iguarias e do serviço impecável com o qual nos obsequiou, o assunto , de mau gosto, foi o maledeto influenza. Não é possível que um criatura tão infinitesimalmente minúscula e , segundo nossa hierarquia biológica, insignificante, possa gerar tantos contratempos na vida de habitantes terráqueos "evoluídos". Ao retornar do chá estive com minha afilhada , caloura e primeiroanista de medicina, frustrada porque a universidade simplesmente suspendeu as aulas antes mesmo dos exames finais do semestre, deixando todos pendurados. Ameaças de cancelar o ano e outros terrorismos comuns. Nossas vidas estão de quarentena, parece.
Depois que a levei para casa liguei a TV e embora não estivesse assistindo , parei para ouvir a entrevista de um infectologista, creio, sobre o Influenza e as recomendações constrangidas, perante as perguntas comprometedoras da platéia e dos convidados do programa. Ninguém quer admitir que é tão sério. Ninguém quer ter que abrir mão de sua agenda de shows , teatros , programação , enfim, de quem tem vida pública, assim como os demais mortais também não querem admitir não frequentar seus pequenos circuitos. A galera não quer deixar de frequentar as festas. Os formandos não querem suspender suas tão sonhadas festas de formatura.
Acho que seguindo a tese do "unidos venceremos" as comunidades de vírus estão saindo em vantagem e apesar de sua infinitesimal inferioridade, parece que nós não estamos tão a salvo.
Isto tudo tem servido no mínimo para que eu reflita sobre aquilo que tanto costumo repisar, tudo é muito eventual na vida. Impermanente mesmo.
Imagina que um acontecimento no México se projeta para o globo e gera transtornos de tal magnitude em nossas vidas. Alunos sem aula, professores sem saber o que fazer para retomar seu ano letivo , salvá-lo ao menos, pessoas correndo para comprar álcool de bolso e evitando até mesmo cumprimentos mais calorosos com qualquer forma de contato físico.
O momento pode ser ou não um exagero, ser ou não uma pandemia, ter ou não consequências tão desastrosas, mas o fato é que é um momento ímpar. Único, nunca vivido, ainda por esta que vos tecla.
Mais ímpar do que isto, e claro, nem tão ruim, com certeza, só o pedido de "impeachment" da nossa governadora Yeda Crusius . Cruzes mesmo! Este sim, um episódio não tão raro , ultimamente, em nosso cenário político, mas que pode ser um alento , nem toda mudança ou evento desta imensa teoria do caos é para trazer o mau. Quem sabe não estamos apenas drenando as sujeiras para o seu lugar , tanto como população quanto como sociedade. Abaixo declarações sobre ação do MPF envolvendo: Jose Otávio Germano, Yeda Crusius. João Vargas, Luis Zachia, Frederico Antunes, Valma Menezes, Rubens Bordini, Carlos Augusto Crusius.
E ainda houve outra notícia que li , do tipo você ainda não viu tudo ( ou leu), sobre uma psicóloga batista carioca Rozângela Justino que deu entrevista nas amarelas de Veja e acusa " o ativismo pró-homossexualismo está diretamente ligado ao nazismo. Todos os movimentos de desconstrução social estudam( também o feminismo) o nazismo, porque compartilham um ideal de domínio político e econômico mundial" , entre outras barbaridades. Ela aparece em foto com rosto coberto como o Michael Jackson(aliás quase gêmeos) e afirma que pode mudar a orientação sexual de gays. Ah, ela recebeu o chamado do outro mundo através de um LP do Chico Buarque de Holanda. Isto dá um filme! O Hitler deve estar se revirando na cova.
Então porque eu coloquei estes três protagonistas em diferentes episódios em um mesmo post? Será que eles tem alguma coisa em comum? Será que todos atuam parasitando e contaminando seus macros e micros ? Devorando células saudáveis de nosso tecido social?( que lindo)
O que eu sei é que o mais inocente é o Influenza!

Um comentário:

  1. É verdade o tal de H1N1 deu um nó nas autoridades! As coisas estão serias......

    ResponderExcluir

    Fio  Entrei no absoluto e simples vagar do tempo. Invadi os espaços aparentes que reservei para um dia. Olhei minha própria fa...