Meu verbo é tímido e inseguro,
transpira verdade em versos
poucos pois tem a palavra
vasta pra se esconder
Se traduz no vapor das letras
de um dialeto que
não sabe falar
só faz sentir e soletrar
Basta a sala fechada
a deixá-lo embriagado de
tanto se investigar e
quando a luz insiste em entrar
ilumina o vapor sólido e se põe
a revelar as cores das impurezas que
se mesclam e elaboram
Diz que busca o entendimento
pra não se encontrar
O verbo encantado fica tentado a
tão somente divagar
mergulhado na própria densidade
equivocada que esculpe uma busca
de arrepiar ..
E assim se perde no vento
de verdades que não pode encontrar
O tempo a lhe procurar
como se houvesse um jeito
de esperar um pouco
Nasce um deserto imenso e árido
de sentido,com as cores fustigadas de contradições,
onde não há sombras pra se esconder,
Este é o refúgio manso e intenso do intervalo
entre dois fatos, dois atos,
duas vidas...
Quando me expresso me traduzo um pouco.É uma forma de me reinventar, revisitar minhas idéias e reescrever meus pensamentos. Conversando alto e mostrando os sabores que eu provo posso mantê-los vivos e inesquecìveis. Este é um espaço para abusar das palavras e colecionar interrogações!
quarta-feira, 28 de julho de 2010
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