sábado, 4 de abril de 2009

Você confiaria em alguém que não conhece?


Você confiaria em alguém que não conhece? Então como pode ter autoconfiança?

Sun Tzu, autor desta pérola, foi um general chinês que viveu no século IV a.C.

Quando li esta frase citada num site sobre filosofia oriental, foi como aquela sensação que contam as pessoas que extraem alguma parte do corpo(eu só extraí as amígdalas e não me lembro delas nunca , exceto quando fico rouca).

Você sabe que ela( a parte estirpada, no caso você) não está lá , mas dói.

Aquele alguém com quem você convive desde o útero da sua mãe não está lá.Isto mesmo, é como aquela parada do Platão, do mito da caverna. http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito_da_caverna#Mito_da_caverna.

Você imagina que se conhece, mas se parar e pensar, vai perceber que é uma montagem feita com idéias e pensamentos preestabelecidos antes da descoberta do fogo. Não quero, como Platão, ser considerada uma corruptora da ordem vigente, mas o fato é que as coisas mudaram muito pouco por aqui desde as guerras do Peloponeso.

Lembrei de tudo isso porque ilustra o quanto somos intolerantes, baseados em padrões que engolimos inteiros, como comprimidos e sem ler a bula. São preconceitos, na verdade. Refutamos tudo que não se conjuga com nossos padrões. Fazemos o bom e velho julgamento das pessoas e situações , dispensamos os conselhos da nossa sensibilidade. Enfim , tudo o que foge ao controle de nosso mundinho montado, como se o resto fosse apenas um cenário.

Entretanto, neste cenário, como na tela de um monitor, cada ícone abre uma janela de possibilidades, que podem nos conduzir ao moksha. Ao sonho de consumo de Platão, ao lance do general chinês. Muito Insano?

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